"Em 2023, o professor José Marques de Melo, se estivesse vivo, completaria 80 anos de idade. Com certeza, ainda estaria organizando algum evento científico ou escrevendo um novo livro. Em sua tr
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ajetória, marcada por um trabalho pioneiro de pesquisa e de ensino da Comunicação no Brasil, Marques de Melo foi jornalista, professor, autor de dezenas de livros, além de um grande líder, fundando a maior e mais longeva entidade de pesquisadoras e pesquisadores em Comunicação da América Latina, a Intercom. Para celebrar seu aniversário, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM - reúne, nesta coletânea, histórias da vida de José Marques de Melo contadas por ex-orientandos, colegas de trabalho, pesquisadores e jornalistas que, de alguma forma, tiveram seus percursos cruzados com o do mestre JMM." (Resumo)
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"Este livro surge em defesa da Lei de Acesso às Informações Públicas, que completa dez anos da entrada em vigor em 16 de maio de 2022. A Lei
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12.527/11 ou LAI, como é conhecida, é inegavelmente um instrumento importante para a promoção da participação e da cidadania para a constituição de um esta do democrático previsto na Constituição Federal. Durante a primeira década de existência da LAI é possível constatar que houve avanços importantes na promoção do acesso à informação, pois a vigência da Lei permitiu a adoção de iniciativas de construção da visibilidade de informações antes disponíveis apenas para servidores e agentes políticos que viviam a intimidade da admi nistração pública e estavam habituados à premissa do segredo em detrimento da informação." (Em defesa da LAI, página 13)
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"Ler – no sentido pleno da etimologia latina, de 'colher com os olhos' – as páginas deste Comunicação e sociedade: métodos freirianos, é um alento em tempos em que a educação se instrumentalizou a serviço do capital e a comunicação re
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duziu-se à esfera da midiatização. Sobre o conjunto dos textos – variados em seus espectros temáticos; rigorosos na síntese que fazem da obra freiriana, tão extensa e complexa; percucientes nos argumentos e proposições habilmente apresentados –, pode-se dizer que paira a efígie de Jano. Cada um deles, a seu modo, ao mesmo tempo em que inventaria o pensamento de Paulo Freire, percorrendo seu trabalho por meio de viva interlocução, paráfrases e citações, também compulsa essa extraordinária herança em perspectiva prospectiva, isto é, projetando (atente-se para o étimo pro-jectu, “lançado para diante”) o desejo de uma sociedade mais justa, mais feliz, mais humana." (Prefácio, página 9-10)
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"Como indica o título do livro há em seus 21 textos diversos cenários que se apresentam em torno daquilo que conceitualmente é definido como “desinformação”, ou seja, reflexões sobre o nosso tempo concomitante de vida em que se dá créd
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ito a teorias absurdas, se reescreve o passado a partir da lógica das falsificações históricas e se constrói perigosas verdades alternativas. Como enfatizou Roger Chartier (2022), num recente artigo sobre a questão da verdade, há que se remarcar também as ameaças que o estatuto de desinformação confere à própria interpretação do passado: “nossa relação com o passado está ameaçada pela forte tentação de histórias imaginadas e pelas tentativas políticas de reescrita do passado” (página 9). Exemplar neste sentido, no Brasil, tem sido a volta da idolatria ao período ditatorial levada a cabo por representantes políticos da extrema-direita, capitaneada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que incontáveis vezes tem feito apologia à ditadura civil-militar instaurada em 1964 e homenagens a torturadores do período, nas inúmeras ocasiões a que se refere, por exemplo, ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que foi chefe do DOICodi. Refletir sobre desinformação e as teias comunicacionais nos tempos contemporâneos torna-se, portanto, urgente." (Prefácio, página 11)
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"This article aims to analyse the process of emergence of China-related stereotypes in Angola, which have started to appear with an increasing number of Angolans establishing direct and non-direct contacts with the Chinese. The article investigates this issue based on the content of China-related ar
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ticles and netizens’ opinions published online from 2010 to 2015 in Angolan media (altogether 5005 cases) supplemented with coded results of 61 in-depth interviews. The results of qualitative and quantitative analysis suggest that the general image of the Chinese held by Angolans is rather positive. However, the influx of Chinese migrants into this country and a relatively high number of problematic situations involving members of the Chinese diaspora have resulted in gradual worsening of the image of this specific group. Such problematic issues include the low quality of engineering projects, maltreatment of Angolan workers and a possibility of Chinese neo-colonization of Angola." (Abstract)
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"A produção cinematográfica em Moçambique depende de um sistema de produção muito frágil ancorado em apoios externos. A deficiente rede de
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distribuição e de difusão, e a escassez de salas, não permitem que o cinema moçambicano tenha grande visibilidade. Fora dos circuitos dos festivais, dos congressos e das universidades, este cinema é praticamente desconhecido. Divulgar o trabalho dos cineastas moçambicanos, compreender o contexto e as condições em que filmam, e refletir acerca do olhar destes sobre o mundo que os rodeia, são os principais objetivos desta apresentação. Neste sentido, pretende-se, por isso, fazer uma leitura transversal da história do cinema contemporâneo em Moçambique, convocando para a discussão os realizadores Licínio Azevedo, Sol de Carvalho, José Cardoso, João Ribeiro, Pipas Forjaz e Mikey Fonseca." (Resumo)
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"Este libro nace como una propuesta que busca dar visibilidad a una serie de iniciativas sociales e investigaciones enmarcadas en el ámbito de la comunicación, los conflictos y el cambio social,
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que en ocasiones no tienen los espacios ni la cobertura necesaria en los contextos académicos. Su objetivo es mostrar buenas prácticas que apoyen el desarrollo de las actividades profesionales y de intervención social de los comunicadores y los activistas, además de favorecer el pensamiento crítico sobre la violencia que se transmite desde el periodismo, el cine o la publicidad, entre otros. En un escenario como el actual, en el que los medios de comunicación están sometidos a un acelerado proceso de concentración y mercantilización que daña su papel como garantes de una democracia de alta calidad, cobra más relevancia que nunca la investigación y la reflexión que favorezcan la difusión de una información plural, responsable, crítica contra las injusticias y que aborde las cuestiones centrales de interés colectivo. La comunicación para el cambio social, o los diferentes conceptos que sirven para detallar una comunicación transformadora, se posiciona como un enfoque de contrapoder que busca revertir los discursos de control. Un posicionamiento ético que incentiva la autonomía de las personas en cuanto a sus capacidades de reflexión, crítica y análisis, especialmente en relación a la violencia que margina, excluye e invisibiliza. Otro objetivo de este tipo de comunicación es promover la participación de los ciudadanos en los debates y en las decisiones comunes que impliquen una mejora de sus sociedades, en un contexto de reconocimiento mutuo." (Introducción, página 11)
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