"This article discusses online harassment against women journalists exploring self-reported incidents, effects, and trust in safety mechanisms. Drawing on twenty-five semi-structured interviews of women journalists in Portugal, we use a feminist and critical realist framework to explore the causal s
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tructures and generative mechanisms that explain their vulnerability to online abuse. We identify three overarching themes: increasing visibility in a context of higher hostility towards journalism and insufficient safety mechanisms; intersectional gender inequality and cultural mores that foster it; and (individual) responses to harassment. These themes show that women journalists’ actions are both constrained and enabled by existing structures and cultural attitudes. While they tend to deny harassment is caused by their gender, seeing it mainly because of their job, they admit the sexualised and gendered nature of the insults, seeing this as an added offence not experienced by their male counterparts. They also see harassment as a continuation of inequality and prevailing sexism and find the protection mechanisms insufficient and ineffective. As a result, they assume an extra burden of emotional labour to deal with online bullying, admitting self-censoring and the need to develop resilience strategies." (Abstract)
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"This article examines how online abuse is experienced and tackled by journalists in Portugal, and addresses the prevalence of online harassment and violence against women journalists and their perceptions of the issue. Theoretically, the article bridges the research on online harassment and gender
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in journalism. Empirically, it draws on a nationwide survey of journalists combined with data from semi-structured interviews conducted with 25 women journalists to explore the gendered experiences of online abuse. Journalists feel an increasing hostility aggravated by the digital environment. Half of the surveyed professionals experienced online abuse, including sexual harassment. Journalists evidenced low trust in protection mechanisms and feelings of resignation towards online abuse, seen as intrinsic to the job. The interviews further revealed a perceived connection between gender and online abuse: women recognized the sexualized nature of online abuse, which they linked to the broader cultural context of gender inequality." (Abstract)
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"Como indica o título do livro há em seus 21 textos diversos cenários que se apresentam em torno daquilo que conceitualmente é definido como “desinformação”, ou seja, reflexões sobre o nosso tempo concomitante de vida em que se dá crédito a teorias absurdas, se reescreve o passado a par
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tir da lógica das falsificações históricas e se constrói perigosas verdades alternativas. Como enfatizou Roger Chartier (2022), num recente artigo sobre a questão da verdade, há que se remarcar também as ameaças que o estatuto de desinformação confere à própria interpretação do passado: “nossa relação com o passado está ameaçada pela forte tentação de histórias imaginadas e pelas tentativas políticas de reescrita do passado” (página 9). Exemplar neste sentido, no Brasil, tem sido a volta da idolatria ao período ditatorial levada a cabo por representantes políticos da extrema-direita, capitaneada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que incontáveis vezes tem feito apologia à ditadura civil-militar instaurada em 1964 e homenagens a torturadores do período, nas inúmeras ocasiões a que se refere, por exemplo, ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que foi chefe do DOICodi. Refletir sobre desinformação e as teias comunicacionais nos tempos contemporâneos torna-se, portanto, urgente." (Prefácio, página 11)
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"A reportagem é o género nobre do jornalismo. Mais do que compilar estudos académicos e experiências dos repórteres, o que se pretende neste Manual de Reportagem é dar lugar ao debate e à reflexão, trazer pontos de vista sobre a história, a narrativa, a ética, de como tudo isto se cruza no
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ensino da reportagem e nas suas diversas linguagens. Seja com sons, com texto, com imagens ou juntando tudo isto e acrescentando novas ferramentas digitais no multimédia, é a reportagem que melhor nos mostra a rua e o mundo. Mas, ao mesmo tempo, é este género jornalístico que mais sofre com a escassez de meios técnicos, a redução de jornalistas nas redações e o imperativo do imediato na informação, que castra o tempo de pesquisa e maturação de que a reportagem precisa.As quase três dezenas de vozes inquietas que aqui reunimos contam-nos histórias limite, revelam-nos dilemas éticos, expõem-se a eles e ao método que usam para relatarem, “com todos os sentidos”, a realidade que observam. A esta lista faltarão nomes (faltariam sempre) que, por muitas razões, deveriam estar. Ainda são muitos os que em Portugal erguem a pena em defesa do jornalismo." (Capa traseira)
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"Comunicar Ciência num Mundo em Mudança elegeu como tema central o papel desta actividade num horizonte comunicacional altamente volátil, onde transformações radicais alteram os modos da comunicação, as estruturas produtivas, e acabam tendo pesadas consequências na organização social e pol
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ítica. Para abarcar a complexidade destes fenómenos ocupamos-nos deles em três vertentes, correspondendo às três partes em que se encontra dividido este livro: A Ciência nos Media Jornalísticos e Redes Sociais Digitais, Mulheres na Ciência, e Media, Universidades e Assessorias de Comunicação na Divulgação Científica." (Introdução, página 1)
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"Neste volume trabalhamos com Reflexividade, hermenêutica e Fake News adentrando em questões específicas do contexto social, político e cultural vivenciadas na contemporaneidade. Com um olhar atento para as teorias da comunicação, este volume adentra as peculiaridades das distintas regiões br
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asileiras e de países da América Latina problematizando a repercussão dos fatores nos meios de comunicação. Calcadas em aprofundamentos teóricos que instigam a reflexividade os capítulos apresentados caminham por discursos e lugares complexos mas carentes de investigação. Diante de trabalhos densos e de temáticas atuais, o vol. 4 sinaliza problemáticas evidenciadas em um cenário complexo de relações políticas, culturais e sociais extremamente vulnerável. Permite evidenciar situações que até pouco tempo mantiveram-se algemadas e incrustadas em uma sociedade conservadora e repressiva que vem dando sinais de inquietação. Instigamos aos leitores exercitarem uma leitura crítica e questionadora das teorias e dos fatos apresentados. Só assim conseguiremos adentrar em temáticas tão complexas empossados de compromisso." (Resumo)
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