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Rádio aumentada: Uma proposta de reportagem com som binaural e realidade aumentada

Covilhã (PO): Universidade da Beira Interior (2019), 177 pp.

ISBN 978-989-654-633-5 (print); 978-989-654-635-9 (pdf)

"No capítulo I é analisada a paisagem radiofónica em Portugal desde o início do século XX. Com mais pormenor, é estudada a história da TSF, a “rádio que mudou a rádio”, desde a sua fundação, à emissão histórica dos incêndios dos armazéns do Chiado, culminando nos dias de hoje. São ainda apontadas as características que fizeram da emissora uma referência radiofónica nacional. No capítulo II é analisada a importância dos dispositivos móveis no consumo da rádio, onde são descritos os arquétipos de Simon Bond (2013) para o smartphone e para o tablet. Através destes equipamentos, o utilizador tem acesso aos diferentes canais de distribuição, como as redes socias, os podcasts e as pushed news (ou notificações). Analisamos ainda os wearables (os “vestíveis”) como dispositivos que apresentam um crescimento em termos de consumo de conteúdos e de notícias. Os hearables (os “audíveis”) estão a ser explorados por algumas empresas, como a Sony, ao utilizar a voz como comando para executar funções. No capítulo III é pertinente analisar as tendências de futuro para a rádio e para o som, respetivamente. Tentamos perceber se a “fase de ouro” do áudio é igualmente a da rádio e quais os modelos digitais e perspetivas de futuro para este meio de comunicação. No capítulo IV é referida a importância do som para o ser humano e para o jornalismo. Este capítulo é dedicado, sobretudo, à reflexão sobre as vantagens e desvantagens do som binaural e de que maneira este pode contribuir para conteúdos radiofónicos mais enriquecedores. Por exemplo, a BBC Radio 3 já adotou este tipo de som para conteúdos de podcast. Mas como veicular este tipo de som sem ser pelos canais digitais dito tradicionais? No seguimento do conteúdo anterior, o capítulo V explica como a realidade aumentada pode ser uma ferramenta útil para o jornalismo. Para além de várias empresas apostarem nesta tecnologia para colmatar lacunas ou facilitar serviços, como é o caso da experiência da “ZARA AR”, questionamo-nos porque é que o jornalismo está a apropriar-se desta tecnologia. Como o protótipo do modelo inovador que propomos veicula a mobilidade como uma das premissas centrais, este capítulo dedica-se às aplicações de RA em contexto móvel e analisa como é que o som pode complementar esta tecnologia. Exploramos alguns exemplos de aplicações de RA com recurso ao som, i.e som aumentado ou som binaural, nomeadamente a aplicações com referências geográficas. Procuramos perceber se a RA e o som podem aliar-se na constituição de uma ferramenta útil para as narrativas radiofónicas. Assim, olhamos para o passado da rádio, para o presente das duas tecnologias e para as tendências futuras da rádio. Por isso, no capítulo VI, agregamos todos os conceitos supracitados e propomos um modelo inovador para as narrativas na rádio." (Páginas 16-17)
1 A rádio, 19
2 A rádio e os dispositivos móveis, 39
3 Os dias da rádio. Projeções de futuro, 57
4 Ouvir a três dimensões, 73
5 O aumento da realidade, 91
6 Rádio aumentada: proposta de um modelo inovador, 109